A Binance congelou as contas da controvérsia exchange de criptomoedas WEX por suspeita de movimentação de fundos ilícitos.
A ação foi confirmada na noite de segunda-feira (29) pelo CEO da Binance Changpeng Zhao (CZ) no Twitter, que pediu para que o público informasse as autoridades.
“As contas [da WEX] identificadas estão congeladas, por favor informe à polícia e tenha um número de processo. Faremos o que pudermos”, disse CZ.
Ele acrescentou que “Isso faz parte da centralização, o que abominamos e odiamos lidar com a bagunça de outras bolsas (nem sabemos os detalhes)”.
No dia anterior, CZ havia sido alertado em um tweet de um desenvolvedor chamado John James.
“Carteiras frias da Wex estão movimentando fundos roubados dos usuários através da Binance. Nós temos provas”.
Há tempos existe uma desconfiança em torno da WEX, cuja propriedade e atividades foram questionadas nos últimos meses.
A desconfiança começou quando, em julho, a WEX listou um preço de mercado muito alto para o bitcoin (BTC) — cerca de US$ 9.000 quando a média era de aproximadamente US$ 6.400 — e estranhamente sobrecarregou o tether (USDT).
Outro ponto relevante é que o pico também ocorreu um dia antes da WEX passar por um período de manutenção planejado, programado para durar duas horas.
A corretora havia comunicado, via Twitter, em 9 de julho. Os usuários, na ocasião, especulavam que ela poderia não voltar após a ”manutenção”.
No Reddit, o usuário ‘SWAT-UN’, que afirmou ser cliente da WEX desde a BTC-e, decidiu tomar medidas legais na forma de uma ação coletiva após ter visto inúmeras reclamações.
Ele relata que há quatro anos seu relacionamento com a empresa tem sido muito difícil e acredita que ela não tem mais recursos para se manter.
A Binance, no entanto, não tem muito a fazer a não ser cumprir as leis e, em última análise, devolver os fundos congelados aos usuários, opinou a CCN.
BTC-e só mudou de nome
A WEX é a antiga BTC-e, que em julho do ano passado teve seu suposto CEO, Alexander Vinnik, preso por suposta lavagem de bilhões de dólares.
Nos meses seguintes, a BTC-e retornou sob a bandeira da WEX, enquanto Vinnik, preso na Grécia, era disputado por Rússia, EUA e França que tentavam extraditá-lo.
De acordo com a CCN, registros comerciais de Cingapura indicam que a WEX é de propriedade de um Dmitry Vasiliev, mas ele diz ter perdido o controle da bolsa e não sabe quem está no comando.
De acordo com o Ministério Público dos EUA no distrito norte da Califórnia, a acusação alega que Vinnik recebeu fundos do histórico roubo a Mt Gox e é acusado de participar de esquema de lavagem de dinheiro envolvendo mais de US$ 4 bilhões.
Por: Wagner Riggs
Fonte: Portal do Bitcoin