O operador da segunda maior bolsa de valores da Alemanha, o Boerse Stuttgart Group, lançou um aplicativo móvel para a negociação de criptomoedas.

A empresa anunciou nesta quinta-feira (31), após um ano de desenvolvimento, que o aplicativo Bison já está disponível em dispositivos iOS 9+ e Android 4.4+ na Alemanha, e permitirá que os usuários negociem bitcoin (BTC), ethereum (ETH), litecoin (LTC) e XRP e creditar suas contas com euros.

O aplicativo não terá taxas de negociação a principio e também fornece uma carteira interna para armazenar tokens, disse o Boerse Stuttgart.

Atualmente, diferente da maioria das plataforma de criptomoedas, os usuários só podem negociar entre as 6h e meia-noite (do horário local), embora seja esperado que isso se expanda mais tarde.

Para o gerenciamento do aplicativo, o grupo fez uma parceria com sua subsidiária de serviços financeiros EUWAX AG, que efetivamente conduzirá os negócios. Outra subsidiária, a Blocknox GmbH, está cuidando da custódia das criptomoedas, de acordo com o anúncio.

Empresas da Alemanha

O SolarisBank AG, da Alemanha, está atuando como parceiro bancário externo no processamento de pagamentos e na custódia dos depósitos em espécie dos clientes, que são protegidos pela garantia estatutária de depósito do país, disse a empresa. Enquanto isso, a Sowa Labs, subsidiária da Boerse Stuttgart Digital Ventures, desenvolveu o aplicativo.

O CEO da Sowa, Ulli Spankowski, disse que recursos adicionais serão adicionados ao Bison no próximo ano, incluindo a extensão do trade para 24 horas por dia, sete dias por semana, e adicionando suporte para mais criptomoedas.

Bison também está planejado para expandir para outros países europeus no final deste ano.

O Boerse Stuttgart Group anunciou anteriormente que planeja lançar uma plataforma de oferta inicial de moedas (ICO), que está atualmente em desenvolvimento. A plataforma permitiria aos emissores de tokens realizaram a vende desses tokens com “processos padronizados e transparentes”, disse em agosto de 2018, bem como um “local de negociação multilateral para criptomoedas” e soluções de custódia.

Ainda em maio de 2018, em mais um capítulo da tentativa do Congresso brasileiro de tentar regular criptomoedas, o presidente da comissão especial que cuida do tema na Câmara, o deputado Alexandre Valle, pediu prorrogação do prazo para discutir o assunto em mais 20 sessões.

A mensagem enviada ao presidente da Câmara do Deputados, Rodrigo Maia, diz que o motivo do pedido é por causa da “complexidade do tema e da necessidade de o colegiado ouvir autoridades e entidades civis ligadas à matéria”.

Com a mudança do corpo de legislativo, sabe-se que há mais deputados, sobretudo do Partido Novo, que agora simpatizam com a inovação trazida pelo Bitcoin.

É provável, portanto, que a questão não tenha sido enterrada, mas que esteja sendo pensada por um corpo técnico mais qualificado e articulada pelo trabalho da ABCB (Associação Brasileira de Criptomoedas e Blockchain) dentro da Câmara.