Bolsas mundiais despencam sob pressão de segunda onda de coronavírus

Pressionado pelo avanço do coronavírus no exterior, o Ibovespa abre a sessão de hoje (28) em forte queda, perdendo mais de 2,40% aos 97.217 pontos nos primeiros negócios do dia. O dólar dispara contra o real nesta manhã, com alta de 0,69% e negociado a R$ 5,72 na venda, com investidores em busca de segurança em meio à segunda onda de contaminações pelo vírus.

No exterior, os investidores também adequam suas posições para o pleito eleitoral da próxima semana nos EUA, movimento que deve ganhar força nos próximos dias. No cenário doméstico, o ambiente é de cautela antes da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre os juros. A expectativa é de que a taxa Selic permaneça no piso histórico de 2% ao ano. O dólar dispara com aversão ao risco global.

Em Wall Street e na Europa os índices acionários despencam. O Dow Jones recuava 1,97% na abertura, o S&P 500 perdia 1,89% e o Nasdaq Composite tinha queda de 1,78%. Na Europa, o movimento negativo era ainda mais acentuado: no mesmo horário, o FTSE 100 perdia 2,43%, o DAX recuava 4,03%, o CAC 40 tinha queda de 3,52%, o Stoxx 600 perdia 2,94% e o FTSE MIB desvalorizava 3,51%.

Apenas ontem, os EUA confirmaram 73,200 novos casos com crescimento nas infecções em crianças, enquanto o continente europeu tem registrado mais de 120 mil casos diários na última semana. Na França, o governo deve anunciar hoje um novo lockdown frente ao recorde no número de mortes por Covid-19 desde abril. Reino Unido, Itália, Holanda, Irlanda, Bélgica e Espanha já endureceram as regras de distanciamento social nos últimos dias.

Segundo nota do time econômico da Guide Investimentos, colaborando para a venda de ativos mais arriscados, “a agressiva segunda onda de coronavírus na Europa e a piora do quadro nos EUA adicionam forte incerteza a um ambiente que já conta com forte volatilidade em função da proximidade das eleições presidenciais nos Estados Unidos.”

Enquanto a zona do Euro aposta em novas e duras restrições sociais para combater o vírus, os norte-americanos devem ter outro foco. No domingo, o chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, afirmou: “não vamos controlar a pandemia”. Ao invés disso, o governo deverá concentrar esforços em vacinas e tratamentos para a doença que já matou mais de 225 mil pessoas e contaminou outras 8 milhões no país.

De acordo com a CNN, existem 44 vacinas contra a Covid-19 em fase de testes, mas a eficácia e cronograma de utilização na população ainda são incertos.

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