Google pode estar se preparando para lançar sua própria Libra

A Libra é o projeto de stablecoin a ser emitida por um grupo – denominado Associação Libra – que, dentre outros grandes nomes, tem como principal figura de apoio o Facebook.

Contudo, tendo em vista a constante preocupação (escalada para rejeição em alguns casos) por parte de diversos países, alguns parceiros deixaram a Associação Libra. Alguns deles eram empresas de pagamento, como Visa, Mastercard, Stripe e PayPal. Acredita-se que um senador dos Estados Unidos pressionou tais empresas a deixarem a associação.

Talvez por conta de toda a pressão sofrida sobre sua criptomoeda, o Facebook tenha decidido sair com um projeto paralelo de pagamento chamado Facebook Pay. A plataforma pretende fornecer às pessoas uma “experiência de pagamento conveniente, segura e consistente” no Facebook, no Messenger, no Instagram e no WhatsApp.

À primeira vista, o aplicativo Facebook Pay não é diferente do PayPal, do Alipay ou de qualquer um das centenas de aplicativos de pagamento existentes no mercado. Os usuários precisam ativar o aplicativo, quando ele for lançado para as massas, adicionar um método de pagamento que geralmente é um cartão de crédito e usá-lo para enviar ou receber pagamentos em dólares.

Essa pode ser uma jogada para mostrar que a empresa possui “responsabilidade” para administrar uma rede de pagamentos, antes de reapresentar a proposta da Libra para reguladores dos países outrora contrários ao projeto.

Nesta semana, surgiram notícias de um sistema de pagamento do Google, envolvendo o banco Citigroup e a instituição financeira Stanford Federal Credit Union. O projeto chama-se Cache, e a previsão de lançamento é para 2020.

De acordo com Caesar Sengupta, diretor geral e vice-presidente da área de pagamentos do Google, a gigante do ramo tecnológico quer agregar valor a consumidores, bancos e vendedores – incluindo talvez programas de fidelidade, por exemplo.

A postura se parece muito com a mudança de comportamento do Facebook. Sengupta preocupou-se em salientar que o Google não venderia dados financeiros por meio das contas de seus usuários. Reguladores já investigaram se grandes companhias tecnológicas – como Facebook e Google – possuem controle demais sobre informações de usuários. Ele afirmou:

“Nossa postura é firmar uma profunda parceria com bancos e o sistema financeiro. Pode ser um caminho maior, mas é mais sustentável.”

O futuro dirá se o Facebook Pay e o Cache darão certo. Até lá, não é prudente descartar os projetos de criptomoedas de ambas gigantes do ramo tecnológico.

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