Governo da Grécia quer multar quem não usar 30% do salário em transferências eletrônicas

O governo da Grécia vai aplicar multa ao trabalhador que não gastar pelo menos 30% de sua renda por meios eletrônicos. Segundo reportagem do The Sydney Morning Herald, com as novas regras, o estado espera arrecadar mais de 500 milhões de euro, cerca de R$ 2,3 bilhões por ano.

Desta forma, o trabalhador vai ter que pagar contas usando aproximadamente um terço do seu salário por meio de cartões de crédito, transferências bancárias e compras na internet para não ser multado.

O motivo da ação, diz o jornal, é que o governo grego quer acabar com a evasão fiscal desenfreada no país. Por esse motivo, a equipe do primeiro-ministro da Grécia, Kyriakos Mitsotakis, fez uma ampla revisão para restabelecer o crescimento econômico no país.

Segundo a reportagem, o trabalhador que não cumprir a meta será multado em 22% no déficit. Ou seja, se ele gastou apenas 20% da renda por meios eletrônicos, o governo vai aplicar a multa nos 10% que não foram usados.

Numa conta simples, se um grego ganha 1.000 euros por mês e usar apenas 15% de sua renda eletronicamente, ele pagaria uma multa de cerca de 400 euros por ano.

Internet na Grécia

Conforme o jornal, muitos trabalhadores vão encontrar dificuldades em cumprir a nova regra. O problema é que a Grécia possui uma das menores taxas de uso de internet na Europa, de 72%.

A Grécia amargou uma dívida de 180% do seu PIB (Produto Interno Brunto) por cerca de dez anos após recorrer aos fundos internacionais. Durante a crise financeira mundial de 2008 o país quase deixou a zona do Euro.

No entanto, em junho do ano passado, em reunião com o Eurogrupo em Luxemburgo, o país voltou a sonhar. Segundo o G1, isso ocorreu após os credores concordaram em reestruturar a elevada dívida.

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