Ibovespa cai mais de 1% e perde os 118 mil pontos com vírus chinês chegando aos EUA

O Ibovespa acelera as perdas nesta terça-feira (21) seguindo a fraqueza das bolsas internacionais após o “Vírus de Wuhan” atingir os Estados Unidos. Um turista chinês foi diagnosticado com o coronavírus em Seattle. Mais cedo, as bolsas já caíam depois do governo chinês confirmar que o vírus, que já matou três e contaminou 200 pessoas, é propagado pelo contato com doentes.

Especialistas afirmam que a além das preocupações com a saúde, há temores de que o coronavírus evolua para uma pandemia. Muitos lembram da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, na sigla em inglês), que também surgiu na China matou 800 pessoas no mundo todo entre 2002 e 2003.

Às 16h41 (horário de Brasília) o Ibovespa cai 1,31% a 117.305 pontos. Enquanto isso, o dólar comercial registrava alta de 0,28%, a R$ 4,2004 na compra e R$ 4,2011 na venda. O dólar futuro com vencimento em fevereiro tinha alta de 0,38% a R$ 4,211.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 cai seis pontos-base a 5,01%, o DI para janeiro de 2023 recua também seis pontos-base a 5,60% e o DI para janeiro de 2025 tem queda de quatro pontos-base a 6,34%.

Ainda no noticiário macro, a agência de classificação de risco Moody’s rebaixou ontem a nota de Hong Kong de Aa2 para Aa3 por conta dos protestos que já duram mais de seis meses na região.

Por aqui, o mercado ficou atento às falas do ministro da Economia, Paulo Guedes, que discursou no Fórum Econômico Mundial de Davos. Guedes destacou cortes de despesas e disse que o Brasil crescerá um ponto percentual a mais por ano. Ele comparou a economia brasileira com uma “grande baleia, de dimensões continentais” e disse que o governo está “removendo os arpões que travavam o crescimento” do País, citando o descontrole fiscal.

Na véspera, as declarações de Guedes voltaram a fazer o dólar subir, com o ministro reiterando que a combinação de juros mais baixos e câmbio mais alto são o “novo normal” no Brasil.

Nos Estados Unidos, o Senado começou a julgar se o presidente Donald Trump será ou não afastado do cargo. O processo de impeachment foi aprovado pela Câmara dos Deputados no fim do ano passado e se baseia na acusação de que Trump tenha cometido abuso de autoridade ao pedir ao presidente eleito da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que investigasse o adversário político do americano, Joe Biden, do Partido Democrata.

Em discurso na manhã de hoje em Davos, Trump afirmou que os Estados Unidos estão “no meio de um boom econômico que o mundo nunca viu antes”. Os “ótimos números” da economia, acrescentou, ocorrem apesar da política monetária do Federal Reserve. Trump é crítico da autoridade monetária, defendendo que o Fed corte mais os juros para estimular a atividade econômica.

O presidente americano afirmou que a “maior parte” das tarifas comerciais impostas à China vai continuar em vigor durante as negociações da próxima etapa do acordo bilateral, conhecida como “fase 2”, que começarão “muito em breve”. Ele ainda comemorou a assinatura da “fase 1” do acordo, na semana passada. “Nossa relação com a China neste momento nunca esteve melhor”, destacou.

Trump lembrou que o acordo prevê que a China gaste cerca de US$ 200 bilhões adicionais em bens e serviços americanos, mas apontou que o montante pode chegar a algo próximo de US$ 300 bilhões.

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