O mês de agosto ficou marcado pela grande alta na cotação do dólar. A moeda norte-americana saltou de cerca de R$3,70 para mais de R$4,00. E isso certamente atrapalhou bastante a vida de quem precisa do dólar, seja para trabalho ou para viagens de lazer.
Além da cotação do dólar ter subido, ainda existe o fato de que a maioria das casas de câmbio brasileiras cobram taxas na compra de moedas, muitas das quais podem ultrapassar 10% o valor da transação. Por fim, temos os impostos (dos quais ninguém escapa), cujo principal deles, o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que pode chegar a 6,38% do valor da transação. Todos esses são custos que pesam tanto quanto o preço do dólar.
Felizmente, o mundo atual possui uma vantagem: abrangência de opções. Graças a isso, é possível conseguir a compra de moeda estrangeira a custos mais acessíveis, e, em muitos casos, com uma rapidez muito maior do que nas casas de câmbio tradicionais. E no texto de hoje, vamos falar exatamente sobre como fazer isso.
Forma tradicional
Quando falamos em compra de moedas estrangeiras, geralmente precisamos ir a uma casa de câmbio e trocar nosso dinheiro pela moeda que quisermos. Isso pode ser feito através de dinheiro vivo de um cartão pré-pago internacional – esta última é a forma mais prática e segura.
Essa forma, no entanto, traz uma série de custos. Primeiro, a cotação de uma casa de câmbio sempre é maior do que a cotação oficial da moeda, pois a empresa cobra taxas com as quais mantém suas operações. Esses valores podem chegar a até 10% do valor original da cotação.
Dessa forma, um dólar cotado a R$3,00, por exemplo, pode chegar a custar R$ 3,30, ou até mais caro, dependendo da modalidade de compra.
Mas se engana quem acha que os custos se resumem ao lucro da empresa. Ainda temos o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que também pesa na compra de moeda estrangeira. O valor do imposto pode variar de 1,1% até 6,38% – a alíquota para compras em cartões pré-pagos.
Esses custos, portanto, devem ser considerados na hora de pesquisar o preço da moeda, pois podem encarecer bastante a nossa viagem. E olhe que falamos apenas do dólar. Se a sua viagem é para a Europa ou Reino Unido, os custos pode ser ainda maiores, dado que o euro e a libra esterlina são mais caros do que a moeda americana.
Por isso, é importante pesquisar bem antes de comprar dólares, caso você pretenda usar uma casa de câmbio para isso.
A alternativa
Com custos que podem ser abusivos e proibitivos, especialmente para quem dispõe de menos recursos para viajar, a busca por alternativas para conseguir moeda estrangeira certamente é um bom negócio.
Felizmente, hoje temos uma opção que pode ser muito bem utilizada para isso: o Bitcoin.
O Bitcoin é um ativo que pode ser trocado por praticamente todas as principais moedas internacionais. Dólar, euro, libra e até franco suíço podem ser obtido através do ativo digital.
Existem alguns meios com os quais isso é possível. Usarei nesse texto, para fins de exemplo, como trocar bitcoins por euros, uma vez que tenho planos de fazer isso no próximo ano.
Como fazer?
O primeiro passo é encontrar uma exchange que possibilite a troca de criptomoedas por moedas fiat (como são chamadas as moedas nacionais). Uma das empresas que fazem isso é a Kraken, que possibilita a troca de Bitcoin ou Etherium por euro.
Após entrar no site da empresa, é necessário abrir uma conta e enviar a documentação para validá-la. O passaporte já é suficiente. Feito isso, basta enviar os seus bitcoin e vendê-los na plataforma da empresa, de acordo com o preço de mercado no momento da operação.
Feito isso, basta sacar os seus bitcoins direto para um cartão de débito ou conta corrente europeia. Hoje é possível ter um cartão europeu de qualquer lugar do mundo, através das contas digitais, em bancos como o alemão N26 e o britânico Monese.
Esse processo economiza tempo, dinheiro e traz mais segurança. Tempo, porque a operação leva poucos minutos para ser concretizada. Dinheiro, pois sobre as compras e vendas não incidem pagamento de impostos, e as taxas das exchanges são muito mais baixas do que as taxas das casas de câmbio tradicionais.
E traz ao usuário a segurança de poder comprar seus dólares, euros ou libras sem precisar sair de casa, algo que vale muito a pena em países com alto nível de violência, como o caso do nosso Brasil.
E você, tem alguma viagem internacional para fazer? Já se preparou para comprar suas moedas? Deixa pra gente nos comentários.
Por: Luciano Rocha
Fonte: Criptomoedas Fácil