Tesouro Direto: após queda em agosto, títulos públicos voltam a apresentar valorização em setembro

Depois da queda de preços vista em agosto, os títulos públicos voltaram a apresentar valorização e encerraram o mês de setembro com alta generalizada, superando a variação de 0,46% do CDI, o principal referencial das aplicações de renda fixa. O movimento, contudo, só foi confirmado depois da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, em 18 de setembro.

Nela, a taxa Selic foi reduzida em 0,50 ponto percentual, para 5,5% ao ano, conforme o esperado. Mas a sinalização de que há espaço para um corte mais acentuado dos juros do que se imaginava teve impacto no mercado de renda fixa, pressionando as taxas dos títulos públicos para baixo. O relatório Focus mais recente inclusive mostrou que o mercado financeiro diminuiu a projeção para a taxa básica de juros no fim de 2019, de 5% para 4,75%.

Em setembro, todos os papéis disponíveis para compra no Tesouro (com exceção do Tesouro Selic, que não foi considerado no levantamento) registraram aumento dos preços, isto é, uma queda das taxas, mas apenas um conseguiu superar o desempenho do Ibovespa, que subiu 3,57% no mês.

O Tesouro IPCA+ com vencimento em 2045 teve valorização de 4,4% em setembro, e retorno de 53%, no acumulado do ano, e de 96%, em 12 meses. Na prática, contudo, o investidor só garante essa rentabilidade se decidir vender o papel hoje, portanto antes do vencimento final, em 2045.

Ainda entre os papéis com retorno indexado à inflação, o Tesouro IPCA+ 2035 teve alta de 2,8% no mês passado, e acumula valorizações da ordem de 33% e 56%, em 2019 e nos últimos 12 meses, respectivamente.

Na categoria de prefixados, a maior apreciação do mês ficou com o papel Tesouro Prefixado com juros semestrais e vencimento em 2029, com ganho de 2,5% em setembro e de 20%, no acumulado do ano. Em 12 meses, o retorno chega a 40%.

 

Desempenho no ano

Com a trajetória de setembro, todos os títulos públicos apresentam alta acima de 15%, em 2019, e superior a 25%, no período acumulado de 12 meses. Seis de oito papéis sustentam retornos maiores que o Ibovespa no ano e nos 12 meses.

Vale lembrar que os preços dos papéis oscilam diariamente e o investidor só garante os retornos mencionados se decidir vender os títulos antecipadamente, isto é, antes do vencimento.

Em meio a um ambiente de juros estruturalmente mais baixos, as oportunidades para a renda fixa estão mais limitadas, mas há quem ainda enxergue prêmios em papéis prefixados ou indexados à inflação, como você pode conferir aqui.

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